Comparando com a época que a iluminação artificial começou a ser utilizada até os dias atuais, muita coisa mudou. Foi constatada uma enorme evolução na indústria da iluminação no séc. XX. A primeira lâmpada comercial criada por Thomas Edison, aos poucos foi tomando posição na vida das pessoas da época.
Houve resistência à novidade, pois já era comum o uso de lampiões a gases e vapores em residências, acreditava-se que estes eram suficientes e atendiam as necessidades do mundo. Ao contrário do que se pensava, já havia no fim do XIX um sistema de iluminação pública: as Lâmpadas de Arco, compostas por dois eletrodos de carvão por onde passava uma descarga elétrica que produzia uma luz intensa e branca. Esta lâmpada era também muito utilizada em navios para auxiliar na navegação. Contudo o grande problema desta lâmpada era a grande quantidade de luz produzida, inviabilizando sua instalação em ambientes residenciais e comerciais.
Portanto, a primeira lâmpada disponível para uso residencial foi a de Thomas Edison, que produzia uma luz amarelada e fraca como a de uma vela, sendo considerada a primeira lâmpada comercial viável.
No Séc. XX, toda a movimentação de transformação da linguagem teatral a partir da revitalização da teatralidade gerou uma permanente busca por inovações no fazer técnico teatral. O aperfeiçoamento da magia e ilusão da cena, a construção imagética do espetáculo estava se transformando, e a iluminação iria se aliar às descobertas da cenografia para povoar o espaço cênico.
Na Europa da virada industrial, onde as cidades e seus teatros foram transformados pela luz elétrica, e onde artistas do final do século passado haviam acompanhado toda esta evolução e trabalhavam nos importantes centros europeus, viram de perto toda a potencialidade desta chama revolucionária que entrava para o palco como um divisor de águas.
A lâmpada elétrica de alta potência (1000 watts), introduzida em 1930, aliada às leis da física óptica com lentes de vidro, fez nascer equipamentos altamente sofisticados para a época. Enormes mudanças aconteceram, os cenários reais comuns em apresentações nos palácios e jardins foram substituídos por outros especialmente construídos para a cena. O palco foi inundado por magia, truques e recursos ilusionistas surpreendentes que excitaram a imaginação das pessoas que assistiam aos espetáculos.
O desenho de luz cênico, com sua capacidade de atmosferizar, marcar, isolar, recortar, criar forma e volume ao ator e à cenografia, faz desenvolver a tecnologia operacional da iluminação cênica. A iluminação torna-se parceria ideal para movimentar a cena e dar ritmo aos elementos visuais do espetáculo.
Júnior Oliveira


